O coração humano projeta o caminho, mas é o SENHOR quem dirige os passos. Provérbios 16-9
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sábado, 16 de junho de 2012

Desde que o Ricardo adoeceu e passamos a conhecer de fato a realidade de quem vive com câncer, eu sempre me perguntei: Em qual idade é pior ter câncer?

Quando criança? Se é complicado entende-la quando adultos, imagina explicar os sintomas de um tratamento tão agressivo para uma criança. Como lidar com as náuseas, as dores, o mal estar e principalmente como abrir mão de uma fase tão linda e pura, como aprender a trocar as bonecas, as bolas pelos soros, remédios e visitas ao médico e hospital...

Na adolescência? Período das mais deliciosas descobertas, de grandes aventuras e amores...

Na 3ª idade? Depois de uma vida inteira dedicada ao trabalho, filhos e família, onde achávamos que teríamos por direito uma velhice tranquila, ela aparece e torna ainda mais frágil uma saúde que já conta com sua própria fragilidade e limitações devido a idade...

Para nós, ela chegou em um período em que finalmente, depois de muita luta, tínhamos a sensação de que seria o "grande momento" construção finalmente terminada, troca de carro, planos de viagem e passeios. Coisas que abrimos mão durante um bom tempo para ter o "teto e uma certa tranquilidade" que toda família sonha e merece.

Então eu chego a conclusão que independente da idade, do momento em que estamos vivendo, quando essa doença aparece, o estrago está feito. Precisamos por um pé no freio, tentar compreender o momento, aprender a lidar com os "monstros" que vem acompanhado dela e que faz parte desse pacotão...

O que me preocupa, é ver sempre um rosto novo toda vez que o Ricardo vai ao médico. Na sala de quimioterapia sempre encontro uma nova família perdida em meio ao medos e angustias que essa doença carrega.
Realmente é preciso ser mais gigante que o próprio gigante, mais guerreiro que o próprio guerreiro...é preciso vencer e sobreviver!


4 comentários:

  1. Prezada Fabiana,

    Não consigo ficar sem me comover com o seu relato, e me lembrei da minha ex-cunhada, uma das onze irmãs da minha ex-esposa. Ela era a filha número onze, dos pais da minha ex. Morreu com 49 anos, em novembro de 2008. Não é porque ela morreu, mas, sem sombra de dúvidas, ela era a mais doce, a bem humorada, a mais querida, dos doze irmãos.

    Bem, Fabiana, me desculpe, se falei bobagem.

    Claro que , como todos que aparecem por aqui, continuo na torcida por seu marido, pela sua cura.
    Parabéns, guerreira!

    Tudo de bom!

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  2. Roderick, não sei porque mas toda vez que vejo um comentário, antes de abrir sempre penso ser o seu primeiro, e quase sempre acerto...rsss
    Fique a vontade em falar, te dou a mesma libertade que vc me dá no seu espaço, aqui as portas estarão sempre abertas pra vc...
    bom final de semana!!!

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  3. Ninguém está imune a tragédias.Apesar dela,é maravilhoso saber que existe um Deus que é por nós, e jamais em tempo algum irá querer nosso mal porque Ele é amor e tudo está no controle e poder Dele.Temos que esperar confiando nossa vida no poder de Deus e deixar que nos guie, porque não há uma só folha que caia sem a sua permissão.
    Na fé!
    Um beijo Fabi :)

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  4. Oi Pá!!
    Impossível imaginar nossos dias sem o colo de DEUS!
    Força e FÉ pra nós sempre!!!
    OBS: Saudades das suas postagens...

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QUE A PAZ DE JESUS E O AMOR DE MARIA ESTEJA SEMPRE COM VOCÊ!!!
ADOREI SUA VISITA!!!